sábado, 4 de setembro de 2010

Crônicas do dia noturno''

O dia está à tona. Correria, atraso. Um passo do desespero.
Na rua, operários, advogados, mendigos, putas. Milhões de funções se misturam dentro das ruas. Ruas. Ruas? As mais diversas avenidas, calçadas, meios fios. Avenida Paulista –todo o dia- um poço de mentes, de todas as mentes que integram a sociedade.
Sociedade? Seis bilhões e meio de pessoas dispersadas no espaço integral de 5 continentes mundiais.
Não ao mesmo tempo, não na mesma hora, mas há um ponto peculiar, essencial que une as culturas: O ponto Off.
Off? Para retomar todo o laço que agarra a tecnologia ao cotidiano. Ponto Off? Ponto Off! Desligado. Ausentado. Parado. Sono.
A sociedade para. A sociedade dorme. Os operários, os advogados, os mendigos e as putas.
Putas dormem? Putas dormem.
O sonho mais profundo que retoma os dias, os desejos e os medos.
O momento em que todos desligam, apagam. Como quando o fogo da paixão é apagado com o banho de possíveis desperdiçadas vidas, que vão dormir eternamente, enquanto seus feitores dormirão, apagarão após ter entreguem todas as forças. Ou como uma máquina que produziu todo o dia ou toda a noite. 24 horas? Não, não somos máquinas.
O sono junta as forças e as apaga. O ponto Off.
A cama: uma breve parte de um quarto, um departamento público, ao lado da janela de um hospital, em cima de um papelão em alguma rua fria que guarda mentes.
Somos uma bateria que precisa ser carregada, uma bateria que desliga, fica inativa. A cama nos guarda. O sono nos leva. A noite? Passou. Agora volta o stress unido à busca da conquista presente nos sonhos de toda uma noite. Somos borboletas.

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